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Rede Globo - TV TEM: Coletores se vestem de Turma da EPPO e fazem visita surpresa a menino fã da equipe e do caminhão de lixo.

Como é a rotina num aterro sanitário? O que pode acontecer com ele depois que é desativado? Existe utilidade no chorume produzido pelo lixo? Descubra as respostas nesse vídeo em parceria com nosso amigo Blota Filho!

Conheça o dia a dia dos nossos gari.

TV Band Campinas, onde fomos indicados como modelo de negócio no ramo de atividade Engenharia Ambiental e Civil, com foco em Cidades Inteligentes

A programação especial do “JN no ar” mostra a cidade de Itu como exemplo da coleta seletiva inteligente.

Os coletores da EPPO falam sobre o trabalho realizado no dia a dia e como este trabalho é importante para a limpeza da cidade.

Foi ao ar a matéria sobre nossas colaboradoras motoristas, no programa "Blogueiras na TV" (ITV - Notícias do Interior).

Primeira edificação pública “green” da América Latina, certificada pela LEED.

Itu ganha sistema de coleta subterrânea.

Alguns serviços são considerados essenciais e um deles é a coleta de lixo. Uma empresa que participa de uma concorrência pública deveria saber da sua capacidade de atender a demanda de um município como o nosso. O público são-roquense teve a oportunidade de acompanhar as dificuldades que a empresa “xxxx” teve em atender com qualidade a coleta de lixo. Parabenizo a Prefeitura de São Roque que soube tomar a decisão correta de cancelar o contrato e substituir a empresa por outra melhor qualificada. Afinal, a coleta de lixo é sinônimo de saúde pública e deve ser prioridade de qualquer governo. Esta atitude de cancelar o contrato demonstrou por parte da Prefeitura que o direito do cidadão vem em primeiro lugar. .

Mais do que por fim aos lixões, a Politica Nacional de Resíduos Sólidos preconiza o estabelecimento de todo um sistema de gestão integrado, de modo que seja reaproveitado o máximo possível dos resíduos e somente um mínimo, o chamado rejeito, realmente seja destinado aos aterros sanitários. A esse nível mais complexo ainda não é possível dizer que alguma cidade do Brasil já tenha chegado, mais algumas estão no caminho, na avaliação de especialistas em resíduos.

É o caso de São Bernardo do Campo, que no ano passado recebeu o premio Eco Cidade, concedido pela Associação Brasileira de Limpeza Publicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), por adotar um sistema de gestão integrado. São Bernardo assinou em meados de 2012 parceria publico-privada que tem como objetivo aumentar a coleta seletiva e reciclagem, recuperar a área degradada pelo antigo lixão do Alvarenga (fechado em 2000) e implementar um sistema de destinação dos resíduos úmidos com geração de energia.

De acordo com Tarcisio Secoli, secretario de Serviços Urbanos, desde que a PPP entrou em vigora coleta seletiva passou de 0,81% para 1,9%. O objetivo é que suba para 10% até 2016. O restante deve passar por uma nova triagem ao chegar à usina de incineração (que ainda aguarda licença ambiental para começar a ser construída). A expectativa é que no mínimo, mais de 8% sejam retirados ali para reciclagem e compostagem.

“A lógica é a da cidade limpa. Não vamos pagar pelo volume que for executado pela empresa, mas pelo resultado. Isso vai incentivar a própria empresa a investir na reciclagem e na educação. Se menos lixo sobrar para ser enviado para o aterro, menos ele vai gastar”, diz Secoli.

Segundo ele, quando a usina estiver funcionando, será possível gerar energia para usar em todos os órgãos municipais (prédios públicos, escolas, hospitais) e em praças e avenidas. Itu. Outra cidade citada como bom exemplo de São Paulo, que implementou, também por meio de uma PPP, a coleta com contêineres em toda a cidade. Em vez de a prefeitura fazer a coleta porta a porta, o morador leva seus resíduos separados entre úmidos e recicláveis para os contêineres.

“Isso tem um efeito educativo muito bom, porque me vez de simplesmente deixar o lixo na porta e ele ‘sumir magicamente’, o morador se torna mais consciente sobre o que esta produzindo e tende a diminuir sua quantidade de resíduos”, afirma Carlos Silva Filho, diretor da Abrelpe.

O prefeito de Itu, Antônio Luiz Carvalho Gomes (Tuíze), participa do Fórum Internacional de Cidades Inteligentes e Sustentáveis em Quito (Equador). O prefeito ituano está entre as autoridades que farão uso da palavra na abertura do evento nesta terça-feira, dia 6 de outrubro e também participará dos painéis que serão realizados na quarta-feira, dia 7.

Na ocasião, o chefe do Poder Executivo de Itu apresentará aos líderes internacionais a bem sucedida experiência da gestão de resíduos sólidos de Itu, considerada um exemplo a ser seguido por cidades de todas as partes do mundo.

O Fórum marca a Semana da Sustentabilidade do Município de Quito e precede a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que será realizada em Paris no mês de Dezembro e também contará com a participação do prefeito ituano.

Recentemente, o chefe do Executivo Ituano também participou do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) 2015, que reuniu, entre 23 e 25 de Setembro, mais de 1.500 participantes e 80 debatedores. Com o tema “Brasil mais eficiente, País mais justo”, o evento abordou assuntos como meio ambiente e sustentabilidade, mercado imobiliário e desenvolvimento urbano, formação de preços em obras públicas, concessões e PPP’s.

O prefeito Ituano participou do painel “Iniciativas inovadoras para a Gestão de Resíduos” e falou sobre a parceria público privada desenvolvida em Itu e que vem obtendo constante destaque não só no Brasil, como também fora dele.

Destaque permanente O Modelo de coleta, transporte e tratamento dos resíduos sólidos implantado em Itu também foi mostrado, em março deste ano, no seminário sobre Alternativas para Gestão de Resíduos Sólidos, realizado em Canela, no Rio Grande do Sul. Tuize mostrou a frota de caminhões movidos por biodiesel e os equipamentos de limpeza urbana de última geração trazidos para o município, como as mini varredeiras mecânicas e a máquina capaz de retirar gomas de mascar grudadas no chão.

A profissão de coletor de lixo, ou lixeiro, como é mais conhecida, é o tipo de atividade da qual a maioria das pessoas quer passar longe. Aqueles que a exercem, via de regra tem que possuir, além de muita determinação pessoal, um preparatório físico adequado, ou “coisa de atleta”, na opinião de encarregado da EPPO em Itapira, Sérgio Yoshinore Cachiba: “Estes profissionais percorrem pelo menos 40 quilômetros por dia, seguramente e só descansam dois dias por ano, 25 de Dezembro e 01 de Janeiro”, afirmou.

Um dos componentes da equipe de coletores da EPPO, Valdeci Euzébio de Carvalho, 40, é um desses “atletas”. Natural de Jacarezinho-PR reside já há 20 anos em Itapira. Morador na Vila José Secchi, é casado com a varredora Elisângela, tem dois filhos pequenos, Maria Eduarda, de um ano e José Augusto, de cinco. Antes de optar por ser coletor de lixo, trabalhou muitos anos na Usina Nossa Senhora Aparecida na área de serviços gerais. Surpreendentemente, Valdeci Carvalho contou que observando o trabalho de outros coletores, começou a por na cabeça que um dia seria um deles. A decisão veio há sete anos, quando a empresa Sanepav ainda operava o serviço no município. “Me acostumei rapidinho”, contou.

Ele disse que enxerga sua profissão com orgulho. “É um trabalho honesto, digno”, afirmou. Indagado a respeito de como ele e os colegas são tratados pelas pessoas em geral, Carvalho disse que todos eles são respeitados: “As pessoas nos tratam muito bem”.

Entre os ossos do ofício destacou o fato de trabalhar com objetos insalubres e que o segredo é cuidar bem da segurança. “Usamos todos os equipamentos de proteção individual e também tomados todo o cuidado”, atesta. Perguntado se as pessoas fazem a parte delas, ou seja, se armazenam o lixo de forma correta, o coletor disse que existem muitas pessoas que agem com desleixo. O resultado é o atraso do serviço: “a gente tem que ficar recolhendo lixo solto”, disse.

Pediu ainda para que as pessoas tomem cuidado com aquilo que colocam dentro do saco de lixo. “É comum pessoas jogarem espetos de churrasco e caco de vidro. Trata-se de dois objetos que causam ferimentos. Já tivemos caso de um colega que se feriu seriamente com um espeto”, relatou. Para finalizar, disse que não imagina algum dia, diante da evolução tecnológica, que máquinas venham a realizar seu serviço: “Acho difícil pelas características do serviço. Recolher o lixo e jogar no caminhão, como tem que ser feito, exige, em minha opinião, a perícia que somente o ser humano possui”, encerrou.

A ideia é sacudir a poeira e de qualquer tipo de discriminação. Ser gari é um grande exemplo de honestidade para a vida de Rosângela Santiago Ramos, 45 anos e Regina de Jesus, de 42. As vassouras desta dupla são responsáveis pela limpeza de grande parte das ruas de Itu. Pelo esforço de Rosângela e Regina são limpas dia sim, dia não na região do Presidente Médici, um total de 15 ruas, entre avenidas, ruas mais estreitas e curtas, mais sujas e mais limpas. Na região do Bairro Brasil são mais 15 delas.

A força dessas guerreiras é responsável pelo recolhimento de 20 e 30 sacos de lixo, cada um com 100 litros, a cada dia em um bairro e mais de 15 em outro. A camaradagem faz com que cada uma tenha sua função: uma varre enquanto a outra recolhe o lixo de ruas e calçadas, a divisão das tarefas acontece a cada dia, no expediente que dura de segunda a sábado, das 7h às 15h20, com uma merecida hora para o almoço. O lado ruim da profissão é aguentar o desrespeito alheio, principalmente quando pessoas insistem em jogar lixo no chão, quando veem que elas estão chegando com um carinho disposto a recolher a sujeira. Sujeira à parte, o que realmente deixa Rosângela e Regina com lágrimas nos olhos é a falta de caridade por parte de muitos cidadãos.

Acontece que para não transportarem água durante o trabalho, a dupla depende da boa vontade de outras pessoas que possam doar ao menos um copo d’água, mas muitas vezes elas encontram cara fechada. Fora tudo aquilo que possa ser encarado como ruim, a profissão de gari é motivo de satisfação para nossas duas representantes, por garantir o sustento da família de maneira digna.

Como a prefeitura de Itu, no interior paulista, se aliou a iniciativa privada para lidar com uma questão que hoje é problema para a maioria dos municípios brasileiros: o lixo

A realidade do município paulista de Itu poderia ser muito bem a de uma cidade turística de um país rico - ao menos no quesito gestão do lixo. No seu centro histórico, a limpeza das ruas estreitas e a coleta de lixo das moradias e do comércio são feitas por caminhões especiais, de tamanho reduzido. O cuidado com os resíduos, porém, não se resume a ações para turista ver e ultrapassa os limites dessa área que deu origem a cidade, hoje com 403 anos. Em Itu, os 170.000 habitantes estão espalhados por quase todos os bairros e coletada de forma mecanizada por caminhões. O material reciclável é recolhido uma vez por semana, faça sol, faça chuva, por caminhões da cooperativa de catadores locais, que circulam pelas ruas alertando a população sobre sua presença com a ajuda de alto-falantes. Feito isso, o lixo orgânico - e o seco que não é vendido pela cooperativa – é disposto de maneira adequada num aterro sanitário.

Itu não é um retrato do Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o país produziu 62 milhões de toneladas de lixo em 2011 – 89% foram coletados. Do volume gerado, 37% acabaram em lixões e nos chamados aterros controlados, ambos nocivos ao meio ambiente e a saúde pública. No México, país de perfil socioeconômico semelhante ao do Brasil, apenas 3% do lixo é disposto de forma inadequada. Para completar, dados de 2011 do IBGE revelaram que apenas 32% das cidades brasileiras possuem alguma iniciativa de coleta seletiva. A prova mais recente de quanto o cenário do lixo no país é desolador foi dada em agosto. Nessa data, as 5.565 prefeituras do Brasil deveriam ter apresentado planos de gestão de resíduos.

A tarefa foi uma das etapas estabelecidas pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos, sancionadas em 2010. Estima-se, porém, que menos de 10% dos municípios tenham feito o dever de casa. É um indicador claro de que eles terão muita dificuldade para cumprir outra meta, essa sim a mais importante definida pela lei: ter aterros sanitários, em vez de lixões, e programas de coleta seletiva e reciclagem em operação até meados de 2014.

Os prefeitos reclamam da falta de recursos e do prazo para a elaboração dos projetos e do cumprimento da exigência. Especialistas lembram que a prática de dispor o lixo a céu aberto foi criminalizada em 1995, com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais. Quase 20 anos depois, fica difícil dizer que faltou tempo. “O que existe no país é leniência e falta de planejamento e gestão”, afirma Carlos Silva Filho, diretor da Abrelpe. Em Sairé, município de 15.000 habitantes, em Pernambuco, esses desafios foram superados com um empurrão do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação.

A ONG, comandada por Marcos Magalhães, ex-presidente da Philips na América Latina, bancou a construção do aterro e da usina de compostagem do lixo orgânico em Sairé, e ajudou na criação de uma cooperativa de catadores. Com isso, o município saiu da mira dos órgãos ambientais, mas a direção do instituto reclama que o envolvimento da prefeitura com o programa se resume a repassar 16.000 reais por mês, valor que não cobre os custos.

A discussão do lixo promete esquentar no futuro próximo, mas Itu poderá passar ao largo dela. Em 2010, ciente de que a prefeitura não possuía recursos para investir na desativação de um aterro e na construção de um novo, ou nas tecnologias necessárias para reaproveitamento dos resíduos, o então secretário municipal de Administração Antonio Tuize, hoje o prefeito, tomou a iniciativa de celebrar uma parceria público-privada. A lógica financeira do acordo foi arquitetada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo.

Quem levou o contrato de 30 anos, no valor de 1,5 bilhão de reias, foi a EPPO, empresa de gestão de resíduos com sede em São Paulo. Mensalmente, a prefeitura paga a EPPO cerca de 2,5 milhões de reais. Ganha em troca uma gestão de resíduos exemplar, que deve ainda melhorar nos próximos anos. Hoje, cerca de 85% do lixo de Itu é destinado ao aterro. Em 2018, a EPPO tem a meta de fazer com que Itu mande para o aterro apenas 14% dos resíduos – todo o resto será, de alguma maneira, reaproveitado. Para isso, a empresa tem o compromisso de investir numa central de tratamento. A unidade contará com tecnologia para transformar o lixo orgânico em energia e os resíduos de construção civil em produtos que serão utilizados pela própria prefeitura em suas obras. Enquanto a cidade exibe um indicador ambiental invejável, a EPPO lucra com a venda dos produtos oriundos do lixo. “Não tenho dúvida de que estamos num mercado muito promissor”, diz José Carlos Ventri, presidente da empresa.

Ventri não está sozinho no seu otimismo. A Estre Ambiental, com 123 aterros sanitários em operação no país, deve faturar neste ano 2,4 bilhões de reias – 20% mais em relação a 2012. Uma taxa que a direção da empresa planeja manter ao longo dos próximos anos com a ajuda, sobretudo, da pressão do governo federal para que a lei de resíduos sólidos saia mesmo do papel e vire realidade. “A exigência de que o lixo seja disposto de maneira adequada e se transforme em riqueza cria uma oportunidade de negócio única para o setor”, afirma Alexandre Alvim, diretor de desenvolvimento da Estre. Resta torcer para que outros municípios brasileiros, a exemplo de Itu, resolvam dar ao problema do lixo o tratamento que ele merece.